Manoel Rufino
Recife (PE)Há 24 anos Manoel Rufino saía de Pernambuco para tentar a vida em São Paulo. Jovem, fez carreira na indústria, onde chega a trabalhar 12 horas por dia até hoje, mas a escala de trabalho lhe permite começar os fins de semana na sexta-feira. Ainda bem, porque é aí que ele dá vazão à sua arte.
Desde menino Manoel pinta telas. Fazia quadros enormes, até que chegou a pandemia, em 2020 e ele precisou se mudar da casa grande onde morava. “Aí precisei diminuir as telas”, conta. Nessa época também, o mercado da arte sofreu. Não era prioridade de ninguém.
Foi quando ele experimentou seguir pelo caminho da xilogravura: “A xilo é a cultura do meu Nordeste. É o dia a dia das pessoas, as festas regionais, paisagens, bichos, a tristeza dos retirantes da seca, o pau de arara, o carcará. A festa junina é muito importante para nós”, diz ele, que elege a de Caruaru como sua preferida”