Mano de Baé, filho do renomado Mestre Baé, iniciou seu contato com a cerâmica ainda criança, observando o pai trabalhar o barro em Tracunhaém/PE. Influenciado tanto pelo ofício artesanal quanto pelas expressões artísticas do pai, que também era músico, Mano transitou por diversas linguagens como teatro e samba de coco. Após o AVC de Mestre Baé, passou a ajudar na produção das peças junto com a família, mantendo viva a tradição.

Com o tempo, Mano buscou desenvolver uma identidade própria, mantendo a técnica do pai, mas trazendo novas temáticas. Um acidente com uma peça deu origem a uma estética singular, e em 2014 ele decidiu se dedicar integralmente à cerâmica, estimulado pela esposa, Angélica Leão. Suas obras passaram a abordar questões de gênero, orientação sexual e identidade racial, como na série “Orixás” e nas “Sereias”.

Em 2015 participou da FENEARTE e criou conexões importantes com instituições e clientes. Em 2019, foi homenageado com um espaço na Alameda dos Mestres, marco de reconhecimento de sua trajetória própria, além da herança paterna.

Hoje, vive em Limoeiro, mas mantém seu ateliê em Tracunhaém, onde dá oficinas, recebe visitantes e inova no processo, sendo o primeiro da região a usar forno a gás, desenvolvido com o irmão. Utiliza ferramentas improvisadas e recicladas para criar texturas e acabamentos, reforçando o olhar criativo sobre o mundo, como resume com a citação de Manoel de Barros: “É preciso transver o mundo.”

Tamanho: 15cm altura x 20cm largura

Valores por unidade/peça. Por se tratar de produtos artesanais, podem ocorrer variações em dimensões, cores e peso. As cores mostradas nas fotos podem apresentar variações conforme a tela ou monitor utilizados pelo usuário

Código de referência: 3663